segunda-feira, 1 de junho de 2015

Mês do Dízimo 2015 - Julho




COMISSÃO DIOCESANA DO DÍZIMO
COMISSÃO DIOCESANA DE LITURGIA

Aos responsáveis pelas celebrações eucarísticas em nossas comunidades,                                    Graça e Paz!
Aproxima-se o mês de julho, na Diocese de Taubaté, mês voltado à conscientização sobre a importância do Dízimo na vida da Igreja. Neste ano, a Comissão Diocesana do Dízimo apresenta como tema: Investindo em discípulos missionários” e lema: “chamou-os e começou a enviá-los” (cf. Mc 6,7).
Para bem celebrarmos a presença de Cristo na Liturgia da Igreja, urge recordar os ensinamentos contidos no Diretório da Liturgia e da organização da Igreja no Brasil acerca dos “meses temáticos”. Eis o texto:
“A comunidade deve celebrar a sua vida na liturgia, mas deve celebrá-la à luz de Jesus Cristo, ressuscitado, vivo, presente e atuante na comunidade, e não à luz de um tema, de uma idéia. Deve celebrar a sua vida, sim, com os problemas que lhe tocam mais de perto; mas à luz da Palavra viva como único tema. E quando não se penetra profundamente na Palavra de Deus, na docilidade do Espírito, pode-se cair na moralização. Assim, o Domingo celebra realmente a vida da comunidade, nos seus diversos coloridos, mergulhados na única vida do Ressuscitado que lhe dá vida”.
 E continua o Diretório da Liturgia no Brasil: “Para dar aos meses e dias temáticos o seu justo lugar, é importante que a equipe da pastoral litúrgica prepare bem a celebração, não reproduzindo apenas folhetos e subsídios oferecidos. Na missa, os “temas” podem ser lembrados no início, na homilia e nas preces dos fiéis”.
Diante do exposto, a Comissão Diocesana do Dízimo em parceria com a Comissão Diocesana de Liturgia apresenta algumas sugestões para as celebrações de todos os Domingos do mês de julho de 2015 – como já vem acontecendo nos últimos anos. Para cada Domingo apresentamos uma monição inicial e as orações dos fiéis. Para o terceiro Domingo do mês apresentamos ainda uma proposta de oração a ser usada no momento penitencial. Neste ano daremos continuidade à experiência muito bem aceita nos anos anteriores: A Oração da Comunidade para cada Domingo é apresentada em dois modelos: o primeiro deles voltado para a missa com adultos, e o segundo modelo voltado para a missa com crianças.
Esperamos assim contribuir com nossas celebrações eucarísticas dominicais e, por meio delas, conscientizar nossas comunidades acerca da dimensão formativa dos agentes leigos na ação evangelizadora e pastoral da Igreja, bem como a dimensão missionária do dízimo, que precisa financiar a formação de nossos cristãos comprometidos com a missão da Igreja.

Mês do Dízimo 2015
Aos Padres e Diáconos, responsáveis pelas Homilias Dominicais


Apresentamos aos senhores padres e diáconos alguns apontamentos à título de proposta para a meditação do Evangelho Dominical, enfatizando a dimensão da co-responsabilidade de todos os fiéis no sustento da formação dos leigos e leigas, durante o Mês de Julho deste ano.

Tema: Investindo em discípulos missionários

Lema: “chamou-os e começou a enviá-los” (cf. Mc 6,7).

Objetivo: esclarecer que o dízimo, dinamizando uma de suas dimensões, a missão, precisa ser destinado ao financiamento da formação dos agentes leigos na ação evangelizadora e pastoral.

 Diretriz norteadora: “os leigos precisam ser apoiados financeiramente em suas comunidades, seja para a realização de cursos e encontros, seja para manter a unidade da diocese, seja para aprofundar o conhecimento de seu serviço e pastoral” (cf. Doc 100, n. 291).

Proposta de temas para a liturgia dominical

14º Domingo do Tempo Comum (5/7):
Evangelho: Mc 6,1-6 – “Um profeta só não é estimado em sua pátria”
- questão da entidade cristã, fidelidade na fé apesar da rejeição;
- sentimento de pertença eclesial;
- aceitação da liderança leiga, seja por parte do clero, seja por parte dos próprios leigos.

15º Domingo do Tempo Comum (12/7):
Evangelho: Mc 6,7-13 – “começou a enviá-los”
- A missão nasce do encontro pessoal com Jesus.
- Oração e vida comunitária leva para a missão. Da vivência comunitária nasce a “Igreja em saída”.

16º domingo do Tempo Comum (19/7)
Evangelho: Mc 6,30-34 – “eram como ovelhas sem pastor”
- Ser discípulo de Jesus Cristo é pertença a uma comunidade de fé.
- O ser cristão se realiza mediante a compaixão e na fraternidade.

17º Domingo do Tempo Comum (26/7)
Evangelho Jo 6,1-15 (multiplicação dos pães) “Distribuiu-os aos que estavam sentados tanto quanto queriam”
- A comunidade cristã é missionária quando age em favor da dignidade humana.
- Igreja a serviço da promoção humana.


XIV DOMINGO DO TEMPO COMUM
04-05 de julho de 2015

 “Um profeta só não é estimado em sua pátria” (Mc 6,1-6)
Pelo Batismo, todos nós somos Igreja. Devemos assumir nossa missão eclesial,
mesmo quando somos rejeitados. 
“Quem perseverar até o fim será salvo”. 

Observação: no último dia 01 de julho Dom Wilson, nosso Bispo Diocesano, completa 4 anos de Ordenação Episcopal. Rezemos por ele.

Monição Inicial:
Bem-vindos irmãos e irmãs em Cristo! Ao redor do altar do Senhor nos reunimos neste Domingo, o primeiro do mês de julho. Em nossa Diocese de Taubaté este mês é destinado a maior conscientização sobre a importância do Dízimo. Neste ano de 2015 refletiremos sobre o tema “Investindo em discípulos missionários” e com o Lema: “chamou-os e começou a enviá-los” (cf. Mc 6,7). O objetivo desta temática será esclarecer que o dízimo, dinamizando uma de suas dimensões, a missão, precisa ser destinado ao financiamento da formação dos agentes leigos na ação evangelizadora e pastoral. Animados pelo Espírito do Senhor que nos reúne em comunidade e nos faz co-responsáveis por seu sustento e crescimento, iniciemos nossa celebração. 
Oração da Comunidade (versão, Missa com adultos).
1.       Pai Santo, rezamos pelo Santo Padre o Papa Francisco, nosso Bispo Diocesano Dom Wilson e pelos padres e diáconos que servem nossa Comunidade. Que eles nunca se cansem em incentivar os leigos e leigas de nossa Igreja no amor a Jesus Cristo e no serviço generoso à sua Igreja, oremos irmãos. 
Resposta: “Dai-nos coragem de sermos profetas do vosso amor”.
2.       Pai de bondade, rezamos por nós, leigos e leigas de vossa Igreja. Que a vossa alegria seja sempre a nossa força no fiel cumprimento de nossa missão de sermos a presença da Igreja no meio do mundo e a presença do mundo no meio da Igreja, oremos irmãos.
Resposta: “Dai-nos coragem de sermos profetas do vosso amor”.
3.       Pai, fonte de toda generosidade, rezamos pelos dizimistas de nossa comunidade e de toda a nossa Diocese. Que eles percebam o grande bem que a partilha dos dons e da vida pode gerar no seio de nossa comunidade, oremos irmãos.
Resposta: “Dai-nos coragem de sermos profetas do vosso amor”.
4.       Pai, amigo do ser humano, rezamos por todos os missionários da Igreja. Que eles sintam nossa proximidade espiritual em suas tribulações e seus exemplos nos contagiem em nossa missão de sermos profetas do vosso amor onde quer que estejamos, oremos irmãos.
Resposta: “Dai-nos coragem de sermos profetas do vosso amor”.
5.       Pai, consolador dos aflitos, rezamos por todos os nossos irmãos e irmãs desempregados. Daí-lhes o dom da santa esperança para que sintam nossa proximidade espiritual neste momento de fervorosa oração e não desanimem na luta por uma vida digna,  oremos irmãos.
Resposta: “Dai-nos coragem de sermos profetas do vosso amor”.
Intenções próprias da comunidade...

Oração da Comunidade (versão, Missa com crianças).

1 - Deus de amor, rezamos por todos os pastores de nossa Igreja. Ajudai-os na missão:
Resposta: “Senhor, que vosso amor nos ensine a amar”.
2 - Deus de amor, rezamos por nossos pais, irmãos, amigos e familiares. Acompanhai-os em suas necessidades:
Resposta: “Senhor, que vosso amor nos ensine a amar”.
3 - Deus de amor, rezamos pelos dizimistas de nossa comunidade. Recompensai-os com vosso amor.
Resposta: “Senhor, que vosso amor nos ensine a amar”.
4 - Deus de Amor, rezamos por nossos catequistas. Que eles nos ensinem a sermos profetas.
Resposta: “Senhor, que vosso amor nos ensine a amar”.
5 - Deus de amor, rezamos pelas crianças do mundo inteiro. Que nunca lhes faltem o amor e o carinho.
Resposta: “Senhor, que vosso amor nos ensine a amar”.
Intenções próprias da comunidade...

XV DOMINGO DO TEMPO COMUM
11 e 12 de julho de 2015
Jesus começou a enviá-los (Mc 6,7-13).
O Senhor chamou-me, quando eu tangia o rebanho, e o Senhor me disse:
'Vai profetizar para Israel, meu povo
 Monição Inicial:
Irmãos e irmãs, bem vindos à Casa do Senhor. Neste XV Domingo do Tempo Comum Jesus nos envia em missão, assim como outrora enviou os Apóstolos. Neste mês de conscientização sobre a importância do Dízimo, rezamos por todos os dizimistas que sustentam tanto a missão de nossos irmãos que partem para terras distantes quanto a capacitação dos leigos e clérigos para o exercício da missão da Igreja em nossa própria comunidade paroquial, lembrando-nos que toda paróquia deve ser missionária em seu próprio território. Agradecidos ao Senhor que confia em nossas frágeis forças e nos capacita para o anúncio do Evangelho, iniciemos nossa celebração. 


Oração da Comunidade (versão, Missa com adultos).
1. Por nosso papa Francisco, nosso bispo Dom Wilson e por nosso pároco (N...), para que celebrem os mistérios de Jesus Cristo com alegria e fervor sempre renovados, oremos ao Senhor:
Resposta: Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei.
2. Pelos Apóstolos que Jesus continua a enviar, para que, desapegados de todo conforto terreno anunciem livremente o arrependimento e a paz aos corações humanos, oremos ao Senhor.
Resposta: Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei.
3. Pelos que passam todo tipo de necessidade e pelos doentes, pelos rejeitados e por todos os que sofrem, para que encontrem alívio junto a Deus e seus missionários, oremos ao Senhor.
Resposta: Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei.
4. Por todos aqueles que Deus chamou, escolheu e marcou com o dom do Espírito, para que sejam santos e irrepreensíveis em sua presença, oremos ao Senhor.
Resposta: Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei.
5. Pelos dizimistas benfeitores de nossa comunidade paroquial que generosamente procuram sustentá-la em sua missão de evangelizar, para que sejam abençoados por Deus em suas vidas e em suas famílias, oremos ao Senhor:
Resposta: Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei.
  1. Intenções próprias da comunidade...

Oração da Comunidade (versão, Missa com crianças).
1. Pelo papa Francisco, por nosso bispo Dom Carmo e por nosso pároco (N...). para que eles sejam para nós sinais vivos da partilha que o Senhor nos ensina, rezemos:
Resposta: Senhor, ensinai-nos a partilhar com os irmãos.
2. Por todos os que nos ajudam, para que sejam recompensados por sua doação e abençoados em suas vidas, rezemos:
Resposta: Senhor, ensinai-nos a partilhar com os irmãos.
3. Por todos os enfermos, em especial pelas crianças doentes, para que se alegrem e encontrem sua saúde em Jesus, rezemos:
Resposta: Senhor, ensinai-nos a partilhar com os irmãos.
4. Por todas as crianças do mundo, para que aprendam desde já o significado da verdadeira partilha dos bens e sejam missionárias na família, na escola e na Igreja, rezemos:
Resposta: Senhor, ensinai-nos a partilhar com os irmãos.


XVI DOMINGO DO TEMPO COMUM
18-19 de julho de 2015
O Senhor sentiu compaixão de seu povo, porque eram como ovelhas sem Pastor (Mc 6,30-34)
Ser Discípulo de Jesus é pertencer a uma comunidade de fé, viver a fraternidade e não ter medo da compaixão...
Monição Inicial:
Queridos irmãos e irmãs, bem-vindos a Casa de Deus. Neste Domingo a Palavra de Deus nos exorta à compaixão: Assim como Jesus sente compaixão de nós nos momentos de cansaço, de dor e sofrimento, Ele também nos convida a sermos compassivos com os irmãos que caminham desorientados, encaminhando-os a Ele, nosso Divino e Bom Pastor. O dízimo é uma das inúmeras formas que temos em ajudar a Igreja nesta sua nobre missão. Com fé, iniciemos nossa celebração.

Ato Penitencial:
Presidente da celebração: Irmãos e irmãs, celebrando a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, queremos também, permitir que o Senhor Jesus vença o nosso egoísmo e nossa omissão diante das necessidades de nossos irmãos e irmãs. Em silêncio, examinemos nossa consciência e supliquemos o perdão de Deus se ainda não aprendemos a partilhar a nossa vida, nossos dons e nossos bens.
(a oração a seguir poderá ser projetada pelos meios visuais da comunidade – data show ou retro projetor – e rezada por toda a comunidade. Na falta destes meios visuais, poderá ser rezada apenas por algum ministro – padre, diácono ou comentarista).

ORAÇÃO:
Perdoai-nos Pai pelo egoísmo, perdoai-nos Pai pela ambição.
Perdoai-nos se não socorremos aqueles que precisaram de nós.                                                 
Perdoai-nos se não Vos ouvimos como deveríamos, deixando de transformar nossa oração em ação.
Perdoai-nos Pai e ensinai-nos que é só no vosso amor que tudo pode florescer,
e que todos os vossos mandamentos nos ensinam a viver.
(Logo após a oração e a absolvição (“Deus todo poderoso tenha compaixão de nós...”), aquele que preside reza em forma de ladainha o “Senhor tende piedade de nós” ou o ministério de música entoa cantando a mesma aclamação a Cristo. Segue o “Hino de louvor” como de costume.).

Oração da Comunidade (versão, Missa com adultos).

Introdução feita pelo presidente da Celebração: Oremos irmãos e irmãs a Deus Pai de bondade para que a Igreja e todos os povos da Terra escutem e sigam o verdadeiro Pastor que quer salvar todos os homens, dizendo (ou, cantando), com fé:
Resposta: Senhor, nossa justiça, escutai-nos.
1 – Para que a Igreja santa, nossa Mãe, glorifique o nome de Jesus, o seu Pastor, e anuncie em toda parte o seu Evangelho, oremos ao Senhor.
Resposta: Senhor, nossa justiça, escutai-nos.
2 – Para que Igreja conduza seus filhos e filhas a uma sincera conversão do coração, tornando-nos misericordiosos e compassivos, oremos irmãos.
Resposta: Senhor, nossa justiça, escutai-nos.
3 – Para que Deus purifique o mundo dos seus erros, cure as doenças, afaste a fome, acabe com a injustiça presente nas atitudes humanas e nos convença que a partilha é o melhor caminho para se alcançar a paz, oremos irmãos.
Resposta: Senhor, nossa justiça, escutai-nos.
4 – Para que nossa comunidade paroquial viva em união com os pastores que o Senhor nos concedeu: nosso Bispo Diocesano Dom Wilson e nosso Pároco (N., com seus vigários paroquiais), por eles rezando e com eles trabalhando pela salvação de todos, oremos irmãos.
Resposta: Senhor, nossa justiça, escutai-nos.
5 – Para que nossos dizimistas nunca desanimem de partilhar seus dons, seus bens e suas vidas como meios da compaixão de Jesus chegar aos mais necessitados, oremos irmãos.
Resposta: Senhor, nossa justiça, escutai-nos.
Intenções próprias da comunidade...

Oração da Comunidade (versão, Missa com crianças).

1 - Bom Pai, olhai com amor para o papa Francisco, por nosso bispo Dom Wilson e por nosso pároco, padre (N...), e fazei que eles sejam bons pastores, rezemos:
Resposta: “dai-nos um bom coração, Senhor”
2 – Pai Santo, obrigado porque nos falais por meio de Vossa Palavra. Que possamos ser fiéis ouvintes, para sermos melhores cristãos no mundo, em nossas escolas e em nossas famílias rezemos:
Resposta: “dai-nos um bom coração, Senhor”
3 - Senhor, vós que conheceis o nosso coração, fazei de nossa vida uma prova de amor por todos os mais necessitados, rezemos:
Resposta: “dai-nos um bom coração, Senhor”
4 - Senhor, obrigado pelos talentos que nos destes gratuitamente. Que neste mês de Julho, mês do Dízimo, possamos oferecer de graça os bens que temos, para ajudar os nossos irmãos e irmãs, rezemos:
Resposta: “dai-nos um bom coração, Senhor”
Intenções próprias da comunidade...


XVII DOMINGO DO TEMPO COMUM
25-26 de julho de 2015
Jesus distribuiu os pães aos que estavam sentados tanto quanto queriam (Jo 6,1-15)
A Igreja é verdadeiramente missionária quando age em favor do Anúncio do Evangelho que promove a dignidade humana

Observações:
Além do encerramento do mês do Dízimo, 2 eventos marcam esta última semana do mês de julho em nossa Diocese, sendo conveniente expô-las no momento mais apropriado durante a celebração eucarística:
26 de julho – dia de Santa Ana, avó de Jesus: dia dos avós;
30 de julho – 18 anos de falecimento do Servo de Deus Dom José Antonio do Couto. (explicar sobre a Causa de Beatificação de Dom Couto, a importância de tê-lo como exemplo de santidade para nossa Diocese e despertar em nosso povo devoção à sua figura tornando-a mais conhecida).

Monição Inicial:
Bem vindos irmãos e irmãs à Casa do Senhor. Neste último Domingo do mês de julho, a Palavra de Deus nos apresenta o milagre da partilha. Quando Deus partilha com os homens os seus dons, tornamo-nos co-responsáveis com os irmãos e recebemos a missão de também partilhar o que temos. Nosso Dízimo é uma dentre tantas expressões de comprometimento com o Reino de Deus: partilhando nossos bens, nos comprometemos com a edificação da Igreja de Cristo, presença do Reino entre os homens e mulheres. Com alegria, iniciemos nossa celebração.

Oração da Comunidade
1 – Pela Igreja santa e pela sua unidade, pela nossa Igreja particular de Taubaté e por sua santificação, e por todos os seus ministros ordenados e leigos, oremos ao Senhor:
Resposta: Saciai os vossos filhos, ó Senhor”.
2 – Pelos que tem fome de pão e de esperança, pelos que sofrem o mal do desemprego, pelos que repartem os seus bens com os mais pobres e pelos que estendem as mãos aos que caíram, oremos ao Senhor:
Resposta: Saciai os vossos filhos, ó Senhor”.
3 – Por nossos avós e por todos os idosos, pelos que necessitam de maiores cuidados e por seus cuidadores e pelos que se encontram abandonados por seus familiares, oremos ao Senhor:
Resposta: Saciai os vossos filhos, ó Senhor”.
4 – Por nós que aqui celebramos a Eucaristia e pelos ausentes, pelos dizimistas e por todos os que partilham suas vidas e seus bens, oremos ao Senhor:
Resposta: Saciai os vossos filhos, ó Senhor”.
5 – Pela causa de canonização do servo de Deus Dom José Antonio do Couto, quarto bispo diocesano de Taubaté, e por todos os que estão envolvidos neste processo, oremos ao Senhor:
Resposta: Saciai os vossos filhos, ó Senhor”.


Antes da Benção Final da Missa pode-se rezar a...
Oração pela Beatificação do Servo de Deus Dom José Antônio do Couto

Senhor nosso Deus e Pai, nós Vos louvamos pelo que sois e Vos agradecemos pelo que realizais na vida de vossos filhos e filhas. Quereis nossa realização pela busca da santidade. Para alcançá-la, apesar de nossa fraqueza, continuamos a lutar, contando com Vossa Graça. Por isso, desejamos ouvir com fé Vossa Palavra e viver com amor os mandamentos, para assim, crescermos no discipulado de Jesus Cristo.
Vosso filho, dehoniano, Dom José Antônio do Couto, o conseguiu de modo admirável e exemplar. Assim sendo, nós Vos pedimos, ó Pai amado: Que se for do Vosso agrado e para a Vossa glória, possa ele um dia não distante, alcançar a honra dos altares. Isso, Vos suplicamos, ó Pai, através do coração de Vosso Amado Filho – Jesus Cristo – que ele tanto amou e serviu, para quem, fielmente, viveu e exemplarmente morreu. Amém.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Significado da Cátedra e do Báculo do Bispo



Estamos vivendo dias intensos em nossa realidade eclesial taubateana. A chegada de um novo Bispo em uma Diocese confirma-a na Tradição da Igreja expressa pelas palavras do Apóstolo Paulo: “Paulo plantou, Apolo é quem regou, mas é Cristo quem faz crescer” (1Cor 3,6). A história de nossa Igreja de Taubaté dá novos passos, agradecida pelo ministério episcopal exercido por Dom Carmo, acolhendo agora com alegria um novo sucessor dos Apóstolos, Dom Wilson Angotti.
A chegada de um novo Bispo em uma Diocese é intitulada, canonicamente, “Tomada de Posse de seu Ofício”. Isto não significa que Dom Wilson será “dono” da Diocese de Taubaté; a Diocese não passará a ser “sua posse”. Na verdade Dom Wilson toma posse de seu “ofício”, ou seja, da sua função de Bispo: Sucessor dos Apóstolos e servidor da Igreja de Taubaté na promoção da comunhão eclesial. Será ele o sinal da unidade de nossa Diocese em torno de Jesus Ressuscitado, na força do Espírito, à caminho do Reino definitivo.
Contudo, para evitar a compreensão errônea exposta no início deste artigo, Dom Wilson preferiu chamar este evento de “Início de seu Ministério Pastoral como 7º Bispo da Diocese de Taubaté”, enfatizando o pastoreio que ele irá exercer em nosso favor e em nome de Cristo. O início de seu ministério episcopal entre nós foi marcado para se realizar na Igreja Catedral, e isto tem um motivo muito especial: lá se encontra a Cátedra do Bispo.
Segundo José Aldazábal, grande liturgista, a palavra Cátedra tem sua origem no grego: kathedra, composta, por sua vez, da junção de duas palavras: kata (no alto) e hedra (assento). Da mesma raiz é a palavra cadeira. Chama-se cátedra a um assento solene.
São variados os derivados da palavra cátedra: catedrático é o titular de uma cátedra na universidade. A “cátedra de São Pedro” é sinônimo do ministério do Papa, tanto que, em 22 de fevereiro, celebramos a Festa da “Cátedra de Pedro”. Quando se diz que o Papa fala “ex cathedra”, quer-se dizer que fala a partir da plenitude do seu magistério.
No entanto, a palavra Cátedra aplica-se sobretudo à cadeira do Bispo na sua igreja, que se chama “Catedral” precisamente porque contém a cátedra do Bispo, como igreja-mãe de todas as outras da diocese. A cátedra episcopal de Taubaté está na lateral esquerda de quem está diante do altar da Catedral. A partir dela, situada de modo que possa ver e ser visto pela sua comunidade, preside e prega o Bispo. Talvez seja o símbolo mais antigo do ministério episcopal, do seu magistério e da sua autoridade pastoral. Nela, normalmente, só toma lugar o Bispo Diocesano ou alguém a quem ele o conceda. Os outros, quando presidem à Eucaristia na igreja catedral, fazem-no de outra cadeira. Na ordenação de um bispo, se tem lugar na igreja catedral da sua diocese, um dos gestos mais expressivos da inauguração do seu ministério é a tomada de posse da sua cátedra.
É este o principal ato da Celebração de abertura do Ministério Episcopal de Dom Wilson como nosso Bispo Diocesano, no dia 13 de junho. O Arcebispo de nossa Província Eclesiástica de Aparecida, Dom Raymundo, pedirá que seja lida a Bula do Santo Padre, o Papa Francisco, nomeando Dom Wilson como Bispo de Taubaté. Depois de lida, ela é apresentada ao Colégio de Consultores: um grupo de 6 padres que em nome da Diocese reconhecerão o documento como autêntico. Em seguida o Arcebispo de Aparecida entregará o Báculo de Pastor a Dom Wilson e o convidará a sentar-se em sua Cátedra, recebendo, na Cátedra, os cumprimentos e voto de obediência dos representantes de todo o Povo de Deus que compõe nossa Diocese: padres, diáconos, religiosos, religiosas e fiéis leigos e leigas.
Tudo isto se dará no início da celebração da missa que seguirá como de costume, até o momento da homilia quando Dom Wilson dirigirá, da Cátedra, as primeiras palavras ao seu povo como Anunciador do Evangelho e Mestre da Doutrina deixada por Cristo à sua Igreja.

Significado do Báculo 

Báculo, do latim, significa bastão, cajado. Em sentido simbólico passou a indicar apoio, pela sua função de ajuda no caminhar e, sobretudo, autoridade, por analogia com a vara ou bastão que o pastor usa para conduzir e dirigir o seu rebanho. Em muitas culturas, desde a Antiguidade, o báculo significa a autoridade do governante, nas suas diversas modalidades, tendo o cetro do rei como seu maior expoente. No âmbito eclesiástico, possivelmente desde o século VII, o báculo passou a ser a insígnia simbólica do Bispo, como pastor da comunidade cristã, que guarda e acompanha com solicitude o rebanho que lhe foi confiado pelo Espírito Santo. Este bastão é, do mesmo modo, insígnia da jurisdição do Bispo. Assim sendo, ele não pode usá-lo fora de sua própria diocese (não é território sob sua responsabilidade, portanto, não está em meio a suas ovelhas), a menos que o Bispo Diocesano local lhe permita.
Muito profundo significado sobre o báculo é o que nos ensinou São João Paulo II, em uma Ordenação Episcopal, durante uma viagem sua à África em 1980: “Vós portais, com direito, na mão, o báculo do pastor. Lembrai-vos que vossa autoridade, segundo Jesus, é aquela do Bom Pastor, que conhece suas ovelhas e está muito atento a cada uma delas; é aquela do Pai que se impõe por seu espírito de amor e de devotamento; é aquela do intendente, pronto para prestar contas a seu mestre; é aquela do ‘ministro’, que está em meio aos seus ‘como aquele que serve’ e que está pronto para dar a sua vida”.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Hino do XVI Congresso Eucarístico Nacional.flv













O Hino do XVI Congresso Eucarístico Nacional, acontecido em Brasília no ano de 2010, será o canto de abertura da Missa de Início do Ministério Episcopal de Dom Wilson Luís Angotti como 7º bispo da Diocese de Taubaté.



As primeiras palavras do refrão: "Caminhemos num só coração" faz menção ao lema escolhido por Dom Wilson para seu Ministério Episcopal: "Cor Unum", expressão tirada de At, 4,32: "A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma". Expressa também o desejo da Igreja de Taubaté: torna-se uma Igreja discípula-missionária em torno do Sacramento da Eucaristia, o Pão da Unidade.

A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma.
Atos 4:32

terça-feira, 5 de maio de 2015

Divulgado Calendário do Ano Santo da Misericórdia




Cidade do Vaticano (RV) – A programação e o logotipo do Jubileu extraordinário da misericórdia foram apresentados esta manhã (05/05. Os detalhes foram expostos pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisiquella. A ideia do Jubileu nasceu em 29 de agosto do ano, quando Francisco lhe manifestou o desejo de convocá-lo. “Conseguimos manter um segredo pontifício”, declarou satisfeito, pois o anúncio “da surpresa” foi feito somente no dia 14 de março deste ano.
Dom Fisichella recordou que o Jubileu da Misericórdia “não é e não deseja ser o Grande Jubileu do Ano 2000. Qualquer comparação, portanto, não tem sentido, porque cada Ano Santo tem as suas peculiaridades e as próprias finalidades”. Trata-se, sobretudo de um Jubileu temático, que assenta fortemente no conteúdo central da fé e pretende recordar à Igreja a sua missão prioritária de ser sinal e testemunho da misericórdia em todos os aspectos da sua vida pastoral.
O Arcebispo explicou que o Papa deseja que este Jubileu não seja vivido somente em Roma, mas também nas Igrejas locais. Pela primeira vez na história dos Jubileus, é oferecida a possibilidade de abrir a Porta Santa – Porta da Misericórdia – nas próprias dioceses, particularmente na Catedral ou numa igreja especialmente significativa ou num Santuário nomeadamente importante para os peregrinos.

Dom Fisichella apresentou também o logotipo do Jubileu, que representa uma “suma teológica” da misericórdia e do lema que o acompanha. No lema, tirado de Lc 6,36, Misericordiosos como o Pai, propõe-se viver a misericórdia seguindo o exemplo do Pai, que pede para não julgar e não condenar, mas perdoar e dar amor e perdão sem medida (cf. Lc 6,37-38). O logotipo é obra do padre jesuíta M. I. Rupnik. A imagem mostra o Filho que carrega aos seus ombros o homem perdido. “O desenho é feito de tal forma que realça o Bom Pastor que toca profundamente a carne do homem e o faz com tal amor capaz de lhe mudar a vida. Além disso, um detalhe não é esquecido: o Bom Pastor com extrema misericórdia carrega sobre si a humanidade, mas os seus olhos confundem-se com os do homem.” A cena é colocada dentro da amêndoa, também esta é uma figura cara da iconografia antiga e medieval que recorda a presença das duas naturezas, divina e humana, em Cristo. As três ovais concêntricas, de cor progressivamente mais clara para o exterior, sugerem o movimento de Cristo que conduz o homem para fora da noite do pecado e da morte. Por outro lado, a profundidade da cor mais escura também sugere o mistério do amor do Pai que tudo perdoa.

Calendário

Dom Fisichella apresentou ainda o calendário das celebrações, que têm início oficialmente em 8 de dezembro deste ano. “Quisemos que o primeiro evento fosse dedicado a todos aqueles que trabalham na peregrinação, de 19 a 21 de janeiro de 2016. É um sinal que pretendemos dar para deixar claro que o Ano Santo é uma verdadeira peregrinação e deve ser vivida como tal. Pediremos aos peregrinos para fazer um percurso a pé, preparando-se assim para atravessar a Porta Santa com o espírito de fé e de devoção.”
No dia 3 de abril haverá uma celebração destinada a todas as pessoas que se revêm na espiritualidade da misericórdia (movimentos, associações, institutos religiosos). Todas as pessoas do voluntariado caritativo, por sua vez, serão convocadas no dia 4 de setembro. A esfera da espiritualidade mariana terá o seu dia em 9 de outubro para celebrar a Mãe da Misericórdia. Não faltam eventos dedicados especificamente aos adolescentes crismados: 24 de abril. E os jovens do mundo inteiro são convocados em Cracóvia para a Jornada Mundial da Juventude de 26 a 31 julho. Outro evento será destinado aos diáconos que por vocação e ministério são chamados a presidir à caridade na vida da comunidade cristã. Para eles haverá o Jubileu a 29 de maio. No 160º aniversário da Festa do Sagrado Coração de Jesus, a 3 de junho, celebrar-se-á o Jubileu dos Sacerdotes. Em 25 de setembro será o Jubileu dos catequistas e das catequistas. Em 12 de junho, haverá o encontro dirigido a todos os doentes, às pessoas com deficiência e àqueles que com amor e dedicação cuidam deles. Em 6 de novembro será celebrado o Jubileu dos presos – um evento inédito. Espera-se que não seja realizado somente nas prisões, mas está sendo estudada a possibilidade para que alguns prisioneiros possam ter a oportunidade de celebrar com o Papa Francisco, em São Pedro, o seu próprio Ano Santo.
Outra novidade será o “missionário da misericórdia” – um sacerdote que seja nas paróquias e dioceses a extensão do Papa Francisco. O “missionário” – cujo envio será feito pelo Papa na Quarta-feira de Cinzas – deverá três características: paciente, bom pregador e bom confessor. A modalidade de escolha dos sacerdotes, que poderão ser também bispos eméritos,  ainda está sendo estudada.

Site

O website oficial do Jubileu já foi publicado: www.iubilaeummisericordiae.va, acessível em www.im.va. O website está disponível em sete línguas: italiano, inglês, espanhol, português, francês, alemão e polonês. No website podem-se encontrar as informações oficiais acerca do calendário dos principais eventos públicos, as indicações para a participação nos eventos com o Santo Padre e todas as outras comunicações oficiais relativas ao Jubileu.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Por que se menciona o nome do Bispo na Oração Eucarística?






            Para responder esta questão precisamos compreender a Oração Eucarística de uma forma mais abrangente. Ela é a grande oração da Igreja. Por meio dela Jesus Ressuscitado torna-se presente em sua Igreja de uma forma muito especial: pelo Sacramento da Eucaristia, o Sacramento da comunhão de Deus com seu Povo, da comunhão do Povo com o seu Senhor e da comunhão dos irmãos e irmãs uns com os outros, realizando assim a Igreja de Cristo que é a grande comunhão da humanidade redimida por Jesus Cristo.
            Percebam caros leitores do nosso blog a insistência no termo “comunhão”. Será a compreensão da Eucaristia como Sacramento da comunhão que iluminará nossa questão inicial acerca da menção do nome do Papa e do Bispo Diocesano na Oração Eucarística. Segundo o Diretório Litúrgico da CNBB, “menciona-se o Bispo na prece eucarística, não por questão de honra, mas por razões de comunhão e caridade. É para significar a sua posição de dispensador da graça do sumo sacerdócio e também para implorar auxílios divinos em favor dele e do seu ministério, na própria celebração da Eucaristia, que é o ápice e a fonte de toda a ação e força da Igreja”. Em outras palavras, na Oração Eucarística a menção dos nossos pastores não tem, apenas, o sentido de interceder pelo ministério que ele exerce em favor de toda a Igreja confiada aos seus cuidados, mas de demonstrar que só somos a Igreja de Cristo porque nos esforçamos para viver a comunhão entre todos. Por isso, em todas as Orações Eucarísticas, citamos:
O nome do Papa e do Bispo: “Igreja militante” em comunhão com seus pastores;
O nome da Santa Mãe de Deus, São José, do Santo do dia ou patrono da igreja e, genericamente, todos os santos e anjos: “Igreja militante” em comunhão com a “Igreja Triunfante”;
Pontualmente ou de forma genérica os fiéis falecidos: “Igreja militante” em comunhão com a “Igreja padecente”.  
Sobre esta convicção teológica multisecular da Igreja, o papa São João Paulo II discorreu em sua encíclica  Ecclesia de Eucharistia, enfatizando a consequência desta verdade teológica: se cremos que a Eucaristia é o Sacramento que produz a comunhão na Igreja, então uma comunidade que queira ser eucarística nunca poderá se fechar em si mesma, mas deverá viver em uma “rede de comunidades” – como hoje se tem propagado. Afirma São João Paulo II: “em virtude do caráter próprio da comunhão eclesial e da relação que o sacramento da Eucaristia tem com a mesma, convém recordar que o sacrifício eucarístico, embora se celebre sempre numa comunidade particular, nunca é uma celebração apenas dessa comunidade. Daí que uma comunidade verdadeiramente eucarística não possa fechar-se em si mesma, como se fosse auto-suficiente, mas deve permanecer em sintonia com todas as outras comunidades católicas” (Ecclesia de Eucharistia 39).
Continua São João Paulo II: “Tal comunhão eclesial da assembleia eucarística é comunhão com o próprio Bispo e com o Romano Pontífice. Com efeito, o Bispo é o princípio visível e o fundamento da unidade na sua Igreja particular. Seria, por isso, uma grande incongruência celebrar o sacramento por excelência da unidade da Igreja sem uma verdadeira comunhão com o Bispo. Escrevia S. Inácio de Antioquia: ‘Seja tida como legítima somente aquela Eucaristia que é presidida pelo Bispo ou por quem ele encarregou’”.
Por isso, segundo o missal romano, deve-se mencionar na Prece Eucarística:
a) o Bispo diocesano e os que lhe são equiparados pelo direito;
b) o Administrador Apostólico que seja Bispo e de fato exerça toda sua função;
g) as fórmulas estabelecidas são sóbrias e expressivas, como convém ao uso litúrgico. Nelas apenas se substitua a letra N pelo nome de Batismo da pessoa mencionada: por exemplo: nosso Papa Francisco e o nosso Bispo Carmo João. Não se deveriam acrescentar outros títulos, como “Cardeal”, “Dom”, “Arcebispo” nem o número ordinal após o nome do Papa (XVI, etc...).  

Acerca da situação específica de nossa Diocese, que se encontra no aguardo da tomada de posse de nosso 7º Bispo Diocesano, Dom Wilson Luís Angotti, faz-se útil a recordação do que prescreve o Cerimonial dos Bispos: “A partir do dia da tomada de posse, o nome do Bispo deve ser proferido na Oração Eucarística por todos os presbíteros que celebrem Missa dentro da Diocese, inclusive nas igrejas e oratórios isentos” (Cerimonial dos Bispos, nº 1147). Portanto, até o dia 13 de junho de 2015, o nome de Dom Wilson não será citado na Oração Eucarística – devendo, contudo, ter uma intenção especial durante a oração dos fiéis. Até dia 13 rezaremos “por nosso Administrador Apostólico Carmo João”. Após esta data será muito conveniente, quando as circunstâncias sugerirem, acrescentarmos na Oração da Comunidade uma prece por nossos Pastores eméritos: o Santo Padre Bento XVI, Dom Antonio e Dom Carmo. 



sexta-feira, 6 de março de 2015

artigo canônico-litúrgico: Missa “Pro Populo”



“O pároco, após a tomada de posse da paróquia, está obrigado todos os Domingos e dias de preceito em sua diocese, a aplicar a Missa pelo povo que lhe foi confiado; aquele porém que estiver legitimamente impedido desta celebração, aplique-a nos mesmos dias por meio de outro padre, ou em outros dias, por si próprio” (Código de Direito Canônico, cânon 534).

            Certamente você já ouviu falar sobre a “Missa pro Populo”. Gostaríamos de abordar este assunto neste artigo “litúrgico-canônico”, aprofundando a beleza deste compromisso espiritual que todo Bispo e Pároco assume com sua Diocese / Paróquia e procurando propor algumas possibilidades celebrativas.
            Tanto o Bispo quanto o Pároco são reconhecidos pelo Direito Canônico como “Pastores próprios” da comunidade confiada a eles: diocese ou paróquia. Significativo perceber que, embora todos os padres sejam tidos como verdadeiros pastores da Igreja, visto participarem da missão pastoral do Senhor Jesus que é O Pastor por excelência, somente quando algum padre assume a função de pároco (e o mesmo é aplicável ao bispo quando se torna o Bispo de uma Diocese) é que ele deixa de ser um pastor “genérico”, para receber a função pastoral vinculativa a um rebanho específico: assim, assumindo o ofício de pároco, o padre torna-se o pastor próprio de todo o povo residente em sua paróquia. Perceba o caro leitor que o cânon acima citado não se refere apenas aos fiéis, mas a “todo o povo”.
            Em decorrência desta vinculação, o pároco assume variadas obrigações para com o seu povo. Obrigações administrativas (será ele a responder por toda a paróquia – comunidade matriz e demais comunidades espalhadas pelo seu território – perante  todas as instâncias da esfera civil); obrigações “pastorais” (ele terá a missão de, em comunhão com a Igreja diocesana e respeitando a caminhada histórica da própria paróquia, organizar pastoralmente as estruturas paroquiais); obrigações morais (apesar dos pecados e limites pessoais do padre, o mesmo deverá buscar cumprir o que prescreve São Pedro: “Velai sobre o rebanho de Deus, que vos é confiado. Cuidai dele, não constrangendo-o, mas espontaneamente; não por interesse, mas com dedicação; não como dominadores sobre as comunidades que vos são confiadas, mas como modelos do vosso rebanho” 1Pd 5,2s); entre tantas outras obrigações. Se em todas as possíveis obrigações do pároco podemos perceber semelhanças com demais funções de chefia, há um compromisso assumido pelo Pároco que o torna distinto de qualquer outra pessoa posta em um cargo de governo: será a obrigação espiritual.
            Já por sua ordenação sacerdotal, o padre assume a obrigação de rezar pelo povo a ele confiado. Tal compromisso é tão verdadeiro que chamamos a oração feita pelos padres de “ofício (trabalho) divino”. Contudo, o pároco assume “por força de lei” a obrigação de rezar pelo povo de sua paróquia aos Domingos e dias santificados.
            A prática mais comum é reservar uma das missas celebradas na matriz paroquial para ser a “Missam pro populo”, a missa pelo povo. Nesta celebração não se marcam intenções particulares, pois ela é oferecida a Deus unicamente por todo o povo confiado ao pároco. Todavia, poder-se-ia enriquecer esta celebração com um outro pequeno distintivo, para que os paroquianos pudessem participar dela percebendo com maior evidência que se trata da Eucaristia celebrada na intenção de todos eles: durante a oração dos fiéis, sugerimos as seguintes intenções a serem desenvolvidas semanalmente (modelando-as, evidentemente, a partir da Liturgia da Palavra):
         pela Igreja, pelo Papa e pelos Bispos (a Igreja paroquial que, em comunhão com toda  a Igreja, intercede por suas necessidades);
         pelo Pároco, demais ministros ordenados auxiliares seus, e pelos religiosos (as) presentes no território paroquial (os fiéis leigos intercedem pelo seu pastor próprio);
         pelos leigos e leigas da paróquia (a cada semana, conforme o contexto celebrativo, pode-se fazer especial menção das famílias, trabalhadores, diversos ministérios, catequese, etc);
         por todos os sofredores da paróquia (novamente a cada semana pode-se propor uma categoria de fiéis, partindo das motivações da Liturgia da Palavra do dia: enfermos, agonizantes, encarcerados, desempregados, pelos que perderam a fé, pelos afastados da comunidade, pelos marcados por algum vício, etc);
         pelas necessidades do mundo (a Igreja paroquial não está fechada em si mesma, mas intercede pelo mundo);
         pelos fiéis falecidos (recordando a união da Igreja militante, padecente e triunfante).   
Por fim, uma última possibilidade celebrativa: Sendo a missa pro populo a “missa paroquial” por excelência, pode-se pensar em um pequeno gesto orante-devocional ao padroeiro da Paróquia antes da benção final, pedindo sua intercessão por todos os paroquianos para a semana que se inicia. 

terça-feira, 11 de novembro de 2014

orientações litúrgico-pastorais para Tempo do Natal 2014-2015



Revmos Padres e Diáconos
Prezados responsáveis pela Liturgia do Senhor em nossas Paróquias e Comunidades
Graça e Paz!


Com a proximidade das solenidades Natalinas de 2014 convém recordar algumas orientações litúrgico-pastorais, bem como apresentar propostas para as celebrações próprias deste tempo de graça a todos os homens de boa vontade que se aproximam do Salvador feito homem por meio das celebrações litúrgicas a serem vivenciadas em nossa Diocese de Taubaté.
As propostas e orientações foram extraídas dos seguintes documentos:
Missal Romano;
Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia – princípios e orientações (emanado pela Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos);
Manual das Indulgências – normas e concessões (emanado pela Penitenciaria Apostólica);
Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil – 2014 (emanado pela CNBB).

Em anexo seguem alguns textos a serem usados nas diversas celebrações do Tempo do Natal, conforme forem julgados convenientes pelos senhores párocos e respectivas comissões litúrgicas paroquiais.

A Solenidade do Natal é composta de 3 missas, a saber:

·        Missa da Noite: própria para a noite de 24 de dezembro;

·        Missa da Aurora: própria para o amanhecer do dia 25 de dezembro
Ao nascer de um novo dia a Igreja saúda o “Sol Nascente que nos veio visitar” – Cristo Jesus;

·        Missa do Dia: própria para as demais missas celebradas no decorrer do dia 25.

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MISSA DA NOITE DO NATAL
Na missa da noite de 24 de dezembro com seu grande significado litúrgico e forte influência popular, poderão ser valorizados:

No início da missa, o canto do anúncio do nascimento do Salvador, na fórmula do Martirológio Romano (cf. Anexo 01) que se constitui, portanto, em um canto natalino de tradição litúrgica antiqüíssima, perfeita opção para se colocar em prática atualmente em nossas celebrações natalinas. Anteriormente, nas celebrações presididas pelo Papa João Paulo II, Tal proclamação era cantada no início da Missa, logo após a saudação inicial, omitindo o ato penitencial. Atualmente, nas Missas de Natal celebradas até o ano de 2012 por Bento XVI, tem-se entoado momentos antes da Celebração, o que também é oportuno, como ressalta Mons. Guido Marini, Mestres das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice. Consequentemente é recomendável que se faça tal proclamação, seja ela cantada ou recitada, antes da Santa Missa, aos moldes de uma monição (ou comentário inicial da missa). Todo o espaço celebrativo já esteja preparado para a Celebração (até mesmo as velas do altar já devem estar acesas). Propõe-se a Igreja à “meia luz”, proporcionando um ambiente oportuno para a apreciação deste belo texto litúrgico que nos recorda a vinda da “Luz do Mundo”, sendo que após ser cantado ou recitado, as luzes da igreja se acendem aos poucos acompanhadas do canto de abertura da celebração com a procissão de entrada já com a imagem do menino Jesus (ressaltamos que o Hino de Louvor constitui num rito em si mesmo, não sendo conveniente proceder à entrada da imagem do Menino Jesus neste momento para não se sobrepor ao seu canto que será mais eloqüente diante da imagem já exposta).

Significativo também será o momento da Profissão de Fé, proclamada segundo o Símbolo Niceno-Constantinopolitano. Nas palavras E se encanou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria e se fez homem faz-se uma pausa e todos se ajoelham em contemplação diante do mistério do nascimento do Salvador, sobretudo em face ao “Ano da Fé” que estamos por celebrar.
A oração dos fiéis deverá assumir um caráter verdadeiramente universal, e na apresentação dos dons na procissão das oferendas haverá sempre uma recordação concreta dos pobres (em nossas comunidades tem-se popularizado o “Chá de Bebê de Maria” com presentes para recém-nascidos. Tais presentes podem ser levados nesse momento em procissão até a imagem do menino, próxima ao altar).

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FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA
A recordação de José, de Maria e do menino Jesus encorajará o acolhimento da proposta pastoral para que, neste dia, toda a família reunida participe da celebração da Eucaristia. Também serão significativas nesta festividade a renovação da entrega da família ao patrocínio da Sagrada Família de Nazaré, a benção dos filhos, prevista no Ritual de Bênçãos (p. 174-194) e, onde houver oportunidade, a renovação dos compromissos assumidos pelos esposos – agora pais, no dia do casamento.
Oportuno recordar a presença da família nos vários momentos da celebração. Contudo, evite-se a prática de casais como leitores de uma mesma leitura, perdendo assim a unidade do texto em sua proclamação. 

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31 DE DEZEMBRO
Na maioria dos países do Ocidente, neste dia, celebra-se o encerramento do ano civil. O acontecimento leva os fiéis a refletirem sobre o “mistério do tempo”, que corre veloz e inexorável. Isso provoca no seu espírito duplo sentimento: de arrependimento e de pesar pelas culpas e ocasiões de graça perdidas ao longo do ano que chega ao fim; e de gratidão pelos benefícios recebidos do Senhor.
Esta dupla atitude deu origem ao costume de entoar festivamente o hino do Te Deum em ação de graças a Deus pelo ano que se finda. Em sua rica Liturgia, dispõe a Santa Igreja de hinos próprios para cada ocasião. O Te Deum, cântico de ação de graças por excelência, pelo qual a Mãe Igreja exprime seu louvor e gratidão ao "Deus de imensa majestade", segundo o Manual das Indulgências emanado pela Penitenciaria Apostólica em 1968 e reeditado com a aprovação do Beato João Paulo II em 1986,  é enriquecido de indulgência parcial ao fiel que recitá-lo, sendo plenária quando recitado em público no último dia do ano. Para que não seja apenas uma recitação simples, pode ser realizado durante a Exposição do Santíssimo Sacramento ao fim da celebração litúrgica.
No anexo nº 02 segue a tradução oficial do hino.                                                                                         No site YouTube há uma versão cantada pelo Pe. João Carlos segundo a tradução oficial: Eis o título a se procurar no site: Pe. João Carlos - Te Deum - DVD Consagração

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1º DE JANEIRO
A data de 1º de Janeiro, encerrando a oitava de Natal com a solenidade da Maternidade Divina de Maria abre um espaço particularmente adequado para um encontro da piedade litúrgica com a piedade popular. No Ocidente, este é um dia de se desejar boas-festas: o começo do ano civil. Os fiéis também ficam envolvidos neste clima festivo de ano-novo, aprendendo a sempre dar a este costume um sentido cristão e fazer dele quase uma expressão de piedade. De fato, os fiéis sabem que o “ano-novo” deve ser posto sob o senhorio de Cristo a quem pertencem os dias e os séculos eternos (Ap 1,8;22,13).
A esta consciência se liga o costume muito difundido de cantar, no dia primeiro de janeiro o hino Veni Creator Spiritus, para que o Espírito do Senhor dirija os pensamentos e as ações de cada um dos fiéis e das comunidades cristãs no decorrer do ano.
Também a esta prática de piedade litúrgica concede-se Indulgência parcial ao fiel que o recitar devotamente em todo o ano. A indulgência será plenária no dia primeiro de janeiro e na solenidade de Pentecostes, se o hino se recitar publicamente. Propomos dessa maneira que as comunidades encerrem a celebração eucarística deste dia com uma devida monição feita por parte do animador da celebração, seja pelo padre que preside ou por algum outro ministro idôneo, seguida do canto de súplica pela vinda do Espírito Santo antes da benção final.
Segue a tradução oficial no anexo 03.

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EPIFANIA DO SENHOR
Em torno da solenidade da Epifania, de antiqüíssima origem e de conteúdo riquíssimo, surgiram e se desenvolveram muitas tradições e genuínas expressões de piedade popular. Entre elas, podemos recordar:
 O solene anúncio do dia da Páscoa e das principais festas do ano tem se restabelecido em diversos lugares. De fato, tal anúncio ajuda os fiéis a descobrirem a ligação entre a Epifania e a Páscoa, e a orientação de todas as festas rumo à máxima solenidade cristã. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – em consonância com toda a Igreja – disponibiliza o belo texto (anexo 04), onde, sob forma de oração, anuncia as solenidades móveis que serão celebradas durante o ano de 2015.  Nada mais próprio, então, que no ano – civil, mas também litúrgico – que se inicia unirmos nossa reflexão a de toda Igreja, pedindo desde já a graça de celebrarmos a vida através da Vida do Senhor. Poderá ser proclamado pelo presidente da celebração ou outro ministro idôneo, da Mesa da Palavra, após a proclamação do Evangelho ou ao final da celebração.
Se neste dia fazemos memória da manifestação do Salvador a todos os povos que o buscam para ofertar-lhe presentes na figura dos Magos do Oriente, seria oportuno encerrar a celebração com o beijamento da imagem do menino Jesus, já aludindo ao mistério pascal e ao belo costume popular do beijamento da imagem do Senhor morto na sexta-feira da paixão.
Por fim, um costume não comum a todas as comunidades de nossa Diocese, mas presente na Tradição da Igreja, é a “benção do Giz”. Na verdade, segundo o “Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia”, da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, trata-se mais precisamente da “Benção das Casas”, em cujas portas são desenhadas a Cruz do Senhor, a data do ano que apenas começou, as letras iniciais  dos tradicionais nomes dos santos magos (G + M + B), explicadas também, em algumas línguas, como abreviação de Christus mansionem benedicat[1], escritas com giz bento. Tais gestos expressam a invocação da benção de Cristo por intercessão dos Reis Magos. Todavia, convém afastar da comunidade qualquer impressão de mágica ou superstição. A simples inscrição de tais fórmulas na porta da casa não significa uma “benção automática”, pois o que abençoa a casa é a Graça de Cristo e a abertura da família a ação de Deus em suas vidas. Por isso recomenda-se ao final da celebração da missa da Epifania proceder à benção do Giz que poderá ser preparado em embalagens individuais para cada família e junto a ele entregar um pequeno roteiro de oração que poderá ser feito pela família ao chegar em sua casa (em anexo apresentamos uma proposta de celebração familiar para a benção da casa no início do ano). Pode-se inclusive, com este gesto, celebrar a conclusão do tempo natalino dentro da casa desmontando o presépio da família. 

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Desejamos aos Senhores Párocos e Vigários Paroquiais, Diáconos, Religiosos e Religiosas, Seminaristas, Equipes de Liturgia e a todos quanto interessados e envolvidos nas celebrações litúrgicas em nossas comunidades pela Diocese de Taubaté,  que tais orientações e sugestões possam enriquecer o nosso encontro e de nossas comunidades com o Esperado Verbo Divino que se faz homem para ser Deus-conosco!
Troquemos nossos dons com o céu, para participarmos da divindade
Daquele que quis se unir à nossa humanidade.

Santo Natal a todos! Feliz e Abençoado ano de 2015!

Pela Comissão Diocesana de Liturgia
Padre Roger Matheus dos Santos


[1] O povo cristão costumou chamar os Magos respectivamente de “Gaspar”, “Belchior” e “Baltazar” (embora não haja nenhuma referencia aos seus nomes nos Evangelhos canônicos). Como em algumas línguas, como o italiano, a palavra “Gaspar” corresponde a “Caspare”, o “c” inicial desta palavra passou como abreviação de Christus mansionem benedicat, ou seja, “Cristo abençoe a casa”.